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I CHING

  • Alayde Mutzenbecher
  • 7 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

CALENDÁRIO CÍCLICO DOS HEXAGRAMAS

Doze hexagramas particularmente relacionados às variações entre luz e sombra formam o calendário cíclico, assinalando a gradativa ascensão e descida das energias.

Cada qual corresponde a um mês no decorrer do ano:

1. O pleno verão é demarcado pelo todo yang, o hexagrama do Criativo (1) no auge da luz e do calor. Associado ao solstício de verão, representa a maturação dos frutos e a plenitude em todos os âmbitos, agora resplandecentes.

2. No momento do zênite luminoso aparece uma linha yin abaixo, desejando Ir ao Encontro (44) do calor luminoso que começa a desvanecer, indicando os primeiros sinais ainda muito tênues do declínio.

3. A Retirada (33) assinala o recuo da luz e do calor, cujos indícios sutis já se fazem notar na atmosfera. Mas a natureza ainda esconde a reviravolta que se opera nas suas profundezas.

4. Um equilíbrio perfeito de energias configura a Estagnação (12), quando as tendências de céu e terra se distanciam, após a colheita. O recuo no foro interno opera uma inversão de forças. Associado ao equinócio do outono, o perfeito equilíbrio yin-yang em mútuo distanciamento manifesta a dinâmica que se inclina ao inverno.

5. O movimento de retrospecção da natureza se evidencia na Contemplação (20) voltada para a interioridade, para a preservação associada ao período do pleno outono, em que se colhem os frutos a serem armazenados e ingeridos durante o inverno.

6. A última linha yang ao alto, prestes a ser derrubada, demarca a etapa final do ciclo de luz, que agora se Desintegra (23). O elemento yin ocupa quase a totalidade da figura neste momento de concentração que se inclina ao resguardo do potencial preparando a chegada iminente do inverno.

7. O pleno inverno se recolhe no pleno yin, no repouso Receptivo (2), que sabe preservar o calor e a vida no âmago dos seres. Associado ao solstício do inverno, quando o frio e o obscuro estão no seu apogeu, toda a energia se abriga no seio da terra.

8. No auge das trevas e do frio desponta uma primeira linha yang, prenúncio do Retorno (24) da luz. Após a culminância da noite, reinicia um tênue movimento de crescimento ainda imperceptível de fora.

9. Uma segunda linha yang reforça o surgimento inicial dos primeiros sinais da primavera, ao se Aproximar (19) da estação dos dias mais longos. Apesar da persistência da temperatura fresca, em seu seio a terra começa a se aquecer.

10. A dinâmica da primavera agora se anuncia plena, nos sinais visíveis do Florescer (11) da natureza, ao brotarem as primeiras flores nos campos verdejantes. Associado ao equinócio da primavera, o perfeito equilíbrio yin-yang em mútua atração, na dinâmica que prenuncia o verão.

11. O movimento de ascensão de toda a natureza transparece na dinâmica avassaladora de um Grande Poder (34) que agora se manifesta muito nítido, na passagem da floração plena para o brotar dos frutos.

12. A última linha yin ao alto, prestes a ser vencida com Determinação (43), assinala o derradeiro marco obscuro antes de voltar a prevalecer a luminosidade absoluta do Criativo. Este é o momento da expansão da energia quando a seiva vital sobe com força incontida na natureza.


Trecho do livro: I CHING - O Livro das Mutações - Sua Dinâmica Energética.

Autora: Alayde Mutzenbecher.

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